quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Engenheiro troca mecânica por esfiha e revitaliza casa famosa da Mooca


 Em cinco anos, a Esfiha Juventus, tradicional restaurante árabe no bairro da Mooca, em São Paulo (SP), aumentou seu faturamento em cinco vezes. A receita mensal, que em 2008 era de R$ 100 mil, saltou para R$ 600 mil atualmente.

O responsável pelo crescimento do negócio não é um administrador, mas sim um engenheiro mecânico: Celso Abrahão, 50. Filho de Tamer Abrahão, fundador do restaurante, o engenheiro largou a profissão, em 2008, para comandar o negócio da família a convite da mãe e do irmão.

"Tive dúvidas sobre largar minha carreira. Era uma área nova para mim e, principalmente, era a empresa da minha família. Não poderia falhar em nada", afirma Celso.

Tamer Abrahão era filho de imigrantes sírios e fundou a Esfiha Juventus em 1967. Segundo Celso, o pai sempre foi muito atuante no negócio. Era ele quem criava as receitas e supervisionava o atendimento.

Agora empresário, Celso diz que, com a morte do pai, em 1998, a Esfiha Juventus praticamente parou no tempo. Não havia sistema de delivery, não eram aceitos pagamentos com cartões de débito ou crédito e os funcionários sequer utilizavam uniformes.

"Nosso carro-chefe sempre foi a esfiha. Sem o serviço de entrega, perdíamos muitas vendas em dias frios ou chuvosos", declara. Hoje, o serviço representa em torno de 30% das vendas de esfihas. Por dia são vendidas 2.800 unidades. O preço varia de R$ 3,20 a R$ 4,20, dependendo do sabor.

Nos dez anos entre a morte do pai e sua entrada no negócio, o empresário afirma que o restaurante foi administrado por gerentes contratados. O problema, segundo Celso, é que eles tinham receio de implantar mudanças justamente por ser um estabelecimento antigo no bairro.

"Nesse período, houve um distanciamento dos clientes. Minha mãe e meu irmão me chamaram porque eu poderia trazer ideias novas para o negócio e reaproximá-lo da clientela", diz.

Matéria Completa

Nenhum comentário:

Postar um comentário