segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Loja de brinquedo educativo usa fantoche e casinha para encarar eletrônicos


Em meio a smartphones e tablets, que atraem cada vez mais a atenção das crianças, ainda há espaço no mercado para brinquedos educativos de antigamente, como fantoches, carrinhos de madeira, casa de boneca, dominó, quebra-cabeça e toca de índio.

Segundo dados da Abrinq (Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos), dos R$ 3,87 bilhões arrecadados pelo setor, em 2012, cerca de 10% (R$ 387 milhões) vieram da venda de artigos educativos.

Na loja Verde Limão Brinquedos, em São Paulo (SP), os principais compradores de artigos educativos para as crianças são os avós, segundo a proprietária Dora Farano Casimiro Costa, 47.

"Os avós ficam encantados porque os brinquedos lembram os que eles tinham na infância", declara.

De acordo com a empresária, depois dos avós, os que mais compram artigos educativos são os tios e madrinhas e, por último, os pais. "Ainda há uma preferência por brinquedos eletrônicos ou movidos a pilha na escolha dos pais", diz.

A loja foi aberta em 2007. Na época, Costa afirma ter investido, aproximadamente, R$ 50 mil. Os itens mais vendidos são fantoches, livros, pião de lata, casas de boneca e toca de índio, feita com bambu. Os preços variam de R$ 14 a R$ 600.

Por mês, a empresa vende, em média, 500 brinquedos. O faturamento não foi informado.

Já na loja Tró-ló-ló, na capital paulista, os brinquedos mais procurados são os feitos de madeira, como carrinhos, caminhões e trenzinhos. Os preços variam de R$ 35 a R$ 150, dependendo do produto.

A empresa começou suas atividades em 1979. Na época, a Tró-ló-ló apenas vendia brinquedos educativos. Pouco tempo depois, o dono da loja, Horácio Massoni, 65, resolveu abrir uma fábrica e começar a produzir suas próprias peças.

Mas, em 2008, ele decidiu que suspender a produção e ficar apenas com a loja seria mais rentável para o negócio.

"No Brasil, há muitos encargos para se manter uma indústria. Além disso, a concorrência no mercado é alta e decidimos que seria melhor manter apenas a loja", diz Massoni. Os valores de faturamento e investimento inicial não foram revelados.

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